Não sou fã desta guerra e Record. Quem me conhece sabe disto. Mas em tempos de BBB's sem limites, e férias escolares, ficamos sem a mínima opção de entretenimento na TV aberta. É neste ponto que sou forçado a louvar a Record pela sua estratégia. Me lembro claramente que nas férias do ano de 2012, tivemos a excelente opção de ver Rei Davi, quando a emissora do plin plin estava com o seu BBB 11. Mas Rei Davi pecou enquanto produção. Um dos problemas foi a música constantemente alta, que indicava uma constante tenção, ao meu ver um exagero, mas que passa. Apesar dos erros de produção, nossos filhos aprendem com estas séries que existe algo melhor do que ver as baixarias cometidas pelos outros. Se não quisermos ler um livro, podemos, ao menos, nos ocupar com histórias que produzem crescimento.
Assim, a despeito dos erros bíblicos e das informações cujas fontes são no mínimo dúbias, estas produções cumprem uma importante função pedagógica. Estas minisséries servem, por exemplo, para alcançar crianças espertas e inteligentes, como os nossos filhos, que nasceram na era digital, e preferem ver a ler. Elas servem de iniciação ao tema, à leitura da história dos personagens, que apesar dos seus erros nos servem de inspiração. Volto a dizer que precisamos muito mais disto do que de "lindas garotas que apenas mostrem suas curvas sensuais em um programa de TV, para depois saírem nuas em uma revista masculina".
Nossa vida não é um BBB no sentido que a Globo mostra. Ela está mais para o terreno inóspito do deserto no qual peregrinaram Abraão, Isaque, Jacó e José. Pior, se vivemos um BBB, este está muito mais para a distopia de Orwell do que para a fantasia do Bial. No nosso mundo as escolhas morais e os danos que sofremos das pessoas de quem deveríamos esperar amor, acolhimento e respeito, são mais parecidas com a história de José. É neste ponto, que o livro que muitos querem, porque querem fazer ser ultrpapssado tem mais a ensinar do que o BBB, que já apresenta cenilidade.
Agora enquanto o BBB parece agonizar, por sua fórmula esgotada, pela necessidade de colocar antigos participantes, ao lado dos novos e pelas suspeitas que levanta quanto a isenção e transparência nas votações, ou seja, no processo como um todo, a Record em mais uma jogada de mestre lança José do Egito. A fórmula parece ser boa. Bons atores, uma história bíblica muito boa, bom cenário, e posso crer que o que vem por aí, é um baita sucesso. Só não vai desbancar o BBBesta porque, ao contrário da xaropada, a série apenas passa às quartas-feiras, o suficiente para dividir sim público e para cativar quem não tem o mínimo interesse em futebol.
Pr Marcelo Medeiros
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