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sábado, 18 de novembro de 2017

A coroa de espinhos de Francisco


Aquele que pretende ser um representante de Cristo aqui na terra precisa estar preparado para ser julgado de forma tão cruel quanto Cristo o foi. 

Há exatos três anos atrás, segundo o Facebook, escrevi este artigo aqui. Na ocasião julguei ofensivo o gesto das meninas. Com o passar do tempo e com as mais variadas manifestações empregando as imagens da crucificação, fui percebendo que como cristão não deveria ficar ofendido, neste post alcanço a presente compreensão. 

Mas reitero uma percepção que alcancei na época, a de que se quisermos, enquanto cristãos sermos relevantes no presente século, precisamos nos antecipar ao mundo no tocante às questões e reivindicações das minorias. Não se trata de ver o comportamento deles (inato, aprendido, ou socialmente construído), como correto, mas de não compactuar com quaisquer forma de injustiça. 

Segundo, precisamos aprender a lidar com mansidão diante das controvérsias. As respostas que temos nem sempre irão agradar. Existe gente impregnada com uma aversão tal pela religiosidade (aqui não pretendo entrar no mérito, a respeito do quanto estejam certas, ou erradas), que ainda que nós religiosos se posicionem contra toda forma de sexismo, opressão e injustiça, seremos cada vez mais alvo de oposição. 

Um problema grave é o posicionamento que pessoas religiosas estão tendo na esfera pública. Digo problema para uma sociedade secularizada cuja percepção a respeito da religião é a de que a mesma deve ser relegada à esfera privada. Não será um debate nada fácil. A opinião de alguns cristãos nada preparados para o debate e o crescente anti intelectualismo no meio pentecostal associado à eleição de vozes que representam esta parcela dos evangélicos agrava ainda mais o quadro. A Saída?
Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal. 1 Pedro 3:15-17

Marcelo Medeiros.  

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