Viu a imagem? Agora prepare-se:
- A parábola das dez virgens é um ensino sobre a vigilância necessária nos dias da vinda do Filho do homem, não sobre perseverança dos santos. Ela tem de ser lida em contexto com a parábola do mordomo fiel, a dos talentos e a das ovelhas e bodes. Repare que com extrema dificuldade as loucas podem ser consideradas como salvas, falta reserva de azeite, e o mais importante, elas ouvem do noivo: não vos conheço.
- A parábola do semeador não fala de perseverança dos santos, e se o fizesse, seria uma decepção para Wesley, uma vez que de fato o texto diz: o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta (Mt 13. 22 ACF). Veja como Lucas traduz este mesmo texto: Mas as que caíram em boa terra são os que, com coração bom e generoso, ouvem a palavra, a retêm e dão fruto, com perseverança (Lc 8. 15 NVI).
- Os ramos que estão genuinamente em Cristo produzem fruto, isto é afirmado e reafirmado sucessivas vezes no texto bíblico Jo 15. 1 - 5. Os que estão em Cristo, mas são estéreis são imediatamente cortados, o texto e o contexto o dizem.
- receber a graça de Deus em vão, tem de ser lido e interpretado à luz do contexto (II Co 5. 18 - 6. 3).
- O servo que enterrou os talentos foi chamado de mau e negligente servo (Mt 25. 26 ACF), ou πονηρε δουλε και οκνηρε (ponere doulee kai okneere), o que equivale a chamar o escravo (perceba, alguém que não é livre), de mau e preguiçoso. O mínimo que se pode dizer deste servo é que é alguém ainda inclinad o ao mau, e possuidor de uma natureza que não se encaixa com a de um convertido.
- Este servo mau e negligente é similar ao mordomo da parábola do capítulo anterior, que em razão do atraso do seu Senhor começa a espancar os seus servos (Mt 24. 48), sendo um κακος δουλος (kakos doylos). a expressão κακος é empregada para se referir a alguém desprezível, de má qualidade, malvado e perverso (Richardson). O Calvninismo não visa negar que tais pessoas existam, mas que as mesmas alguma vez tenham sido salvas.
- Olhar para trás não é a atitude de um discípulo visto que no contexto Jesus convida a sentar a fazer os cálculos a fim de ver a possibilidade de arcar com os custos do Evangelho.
- O Espírito é entristecido na medida em que o corpo de Cristo se faz marcado por ira, amargura, gritaria, e outras questões que quebram a unidade do Espírito (Ef 4. 31 - 5. 2). Crentes regenrados não apresentam tais atitudes como padrão, uma vez que foram aproxiamdos uns dos outros pelo sangue de Cristo.
- Negar ao Senhor que os resgatou, ou trzaer sobre si repentina destruição é um padrão do comportamento dos falsos mestres (II Pe 2. 1), os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita (II Pe 2. 3). O mesmo pode ser dito dos que novamente se entregaram à corrupção do mundo.
- A mornidão espiritual era a condição, ao que parece generalizada da Igreja de Laodicéia, verdade, mas Jesus a repreendeu para que a mesma não ficasse nesta condição, e lhe fez promessas (Ap 3. 19 - 21). Nada há no texto que permita especular a respeito do resultado final desta Igreja.
Minha conclusão é que o tempo de Wesley tem de ser entendido para que o posicionamento deste também o seja. O contexto hstórico tem de ser a chave para que a Teologia deste não seja jogada no lixo. Todavia a dogmatização do pensamento wesleyano, e a aquiparação da mesma ao caráter de Escirturas Sagradas é um perigo que tem de ser evitado.
Forte abraço.
Marcelo Medeiros.
Muito bom o seu Texto continue assim. Graça e Paz
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