Os pesquisadores Barrie Wilson e Simacha Jacobovic, da British Library, parecem estar dispostos a ressuscitar a polêmica dantes levantada por Dan Brow no "clássico" Código Da Vincci, de que Jesus tenha sido casado com Maria Madalena, e que esta tenha tido proeminência na comunidade primitiva, primazia esta que a Igreja constantinizada fez questão de apagar ao longo dos séculos (aqui e aqui).
Nada contra uma possibilidade de Cristo ter sido casado (ainda que seja algo totalmente descartado por mim, e por uma simples razão os Evangelhos não mencionam tal fato). Mais uma vez a temática de uma Igreja que esconde os verdadeiros escritos sagrados e que canoniza o que foi manipulado, vem à tona. Conspirações á parte, na verdade para uma Igreja que acredita que o casamento é um sacramento (meio de comunicar graça), seria mais interessante forjar relatos de casamento do seu Senhor nos Evangelhos, algo que conforme dito acima, não vejo.
Creio que a existência de um único fragmento, cujo teor é discutível e mensagem oculta, dado o caráter gnóstico do mesmo seja o maior empecilho á sustentação da tese dos pesquisadores mencionados supra. De forte na recente descoberta apenas o desejo do tornar Jesus um homem comum, no sentido de conformar o mesmo ao presente século.
Quanto à pessoa de Maria Madalena, tudo o que a Bíblia diz a respeito da mesma é que ela nasceu, ou era de Magdala, e que por possivelmente ser uma mulher de posses, foi uma colaboradora do ministério de Cristo. Também foi, junto com as demais mantenedoras, uma das primeiras junto ao túmulo vazio, o que passa disso é mera especulação. Logo, associações desta Maria com a pecadora que ungiu aos pés de Jesus, ou com a adúltera que foi perdoada são inócuas, como inócua é a pesquisa.
Marcelo Medeiros.
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