A exibição do hino nacional em ritmo de funk me causou asco, nojo, náuseas e tudo o mais que se possa nomear [aqui]. Não falo aqui pelo ritmo cuja única atratividade reside nos elaborados passos dos dançarinos e no remelexo chamativo das maninas, de forma alguma! Antes me refiro a uma das maiores contradições filosóficas, a de que tal como os discursos que revindicam liberdade, e terminam por produzir maior escravidão, o discurso da diversidade termina por produzir o seu extremo oposto.
Ainda que em temos bíblicos não seja a favor da diversidade, reconheço quem culturalmente ela é importante, artisticamente nem se fala. Nesta aspecto a dessemelhança ritmica entre o baião, o carimbó, o forró, e mesmo o axé, é vital para que não se tenha a sensação de similar a de quem olha para o mar, as árvores, a areia e vê a mesma cor. Creio que se os olhos não se cansam de ver e nem os ouvidos de ouvir, dada a a esta múltipla percepção, sem entrar no mérito do quanto ela seja real, ou não.
Há anos venho recebendo com verdadeiro horror os argumentos dos inclusivistas de plantão em favor do funk, e honestamente creio que eles defendam tal expressão cultural porque não são forçados por nenhum vizinho chato a ouvirem o que não querem, ou sequer possuem conhecimento e refinamento musical para entender o que acontece ali, é tudo a mesma coisa, o tempo todo. E como se não bastasse, agora é funk na Igreja.
O curioso fato de meninas, da cidade de Cacimba de Dentro, no carimatu paraibano, fazerem uma coreografia com o hino nacional em ritmo de funk, ao invés de xote a baião, demonstra o quanto o funk é letal culturalmente. Pior! Os argumentos em favor do mesmo que apelam a inclusividade, e tudo o mais são contraditórios, quando a realidade produzida não é a de preservação cultural, mas de homogenização. Minha previsão é de que precisaremos de muito, mas muito estômago
Marcelo Medeiros
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