A presente postagem visa responder algumas questões que este pastor levanta em torno da pessoa de Jesus e da legitimidade da fé mulçumana. Desde já esclareço que não pretendo aqui abordar as motivações pessoais que levaram o Pastor em pauta a renegar a fé cristã e se "reverter" à fé mulçumana. Contudo, ao analisar algumas questões que ele coloca na entrevista abaixo, pode-se perceber que tudo começou com a ausência de dialogo, pesquisa desorientada e uma incapacidade cada vez mais flagrante em nosso meio de debater.
Veja o depoimento que ele dá de sua trajetória de estudo em torno da doutrina da trindade, e mais como ele foi motivado a estudar o assunto. Ao que tudo indica, uma irmã, ao receber a oportunidade para testemunhar, propalou palavras contra a doutrina da trindade, e o ex-pastor se comprometeu em dar uma palavra á Igreja a respeito do assunto. E no seu percurso de estudo descobriu a que trindade não existe.
Minha palavra a respeito do assunto, é que por mais difícil que seja a crença na trindade, ela ainda é a melhor forma que temos de expressar a realidade da divindade do Yahweh (יְהוָ֞ה), com a divindade de Cristo, ambas afirmadas nas Escrituras (Dt 6. 4; Rm 9. 5; Tt 2. 13, 14). O Evangelho de João mesmo está cheio de declarações nas quais Cristo se afirma semelhante ao Pai, e não bastasse isto, mesmo em Mateus (um Evangelho feito para os judeus), lemos que um dos motivos da crucificação foi o fato de que ao se considerar filho do Pai (na mentalidade dos judeus), Jesus estava se fazendo semelhante à Deus (Mt 26. 65).
A respeito da crença no Deus único, uma questão que tem de ser enfrentada é que em termos de monoteísmo o judaísmo tem no mínimo dois milênios de precedência em relação ao islamismo. Diante disto, o argumento que todo homem nasce islâmico em função da crença no Deus único e que quando se encontra com a fé do Islã, ele se reverte, carece de revisão, afinal, o mesmo poderia ser dito do judaísmo.
A respeito de Jesus, e mesmo Moisés, serem profetas da parte de Deus, tidos em grande consideração pelo Islã (visto que ambos são frequentemente citados nas suratas do Corão), cabe perguntar: na fé islâmica Jesus possui precedência sobre Maomé? Uma outra questão aqui é: que ateísmo havia na época de Jesus? Qual a procedência de tal informação, O Corão Sagrado, ou existem fontes históricas para que o fiel faça tais afirmações? A respeito da primeira pergunta a impressão que tenho é de que Maomé é sim colocado em precedência sobre o próprio Cristo. E no tocante a segunda, creio que o ex pastor e pregador se rendeu a versão mulçumana de Jesus.
Isto é claramente comprovado na segunda parte da entrevista quando o recém convertido á fé do islã declara que tanto Jesus quanto Mohamed são profetas de Deus. Note a citação que João de Deus faz de uma fala supostamente atribuída á Maomé, quando este diz que era da mesma família de Jesus, a de Deus. Após o ex pastor coloca um ensino bem parecido com o da Nova Era, com a diferença de Jesus está sendo comparado à Mohamed, ambos profetas de Deus com ensinos para uma determinada época. Fica claro que para ele o Corão Sagrado é o referencial para nortear o homem em todas as épocas, ao passo que a mensagem de Jesus foi uma mensagem local. Vou parar por aqui, pois não tenho o devido suporte para avançar nos quatro vídeos que tratam a entrevista. Mas preciso falar que nenhum profeta jamais falou com a autoridade de Cristo quando este disse: O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar (Mt 24. 35).
A Bíblia e a necessidade que o próprio islã tem de se referendar à pessoa de Cristo estão aí como prova de que de fato as palavras de Cristo não passaram, mas possuem valor permanente. Em Cristo,
Pr Marcelo Medeiros.
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