Terça-feira dia vinte e oito de Março e acabo de viver uma daquelas experiências que fazem a gente voltar ao passado. Acabo de assistir a versão do romance infanto-juvenil O Escaravelho do Diabo. O enredo é bem simples: um serial Killers mata os ruivos da cidade. Antes envia um tipo de aviso, um escaravelho cravado em um alfinete em uma caixa.
Ver o filme me trouxe uma sensação indescritível. Me vi diante de uma dos mitos clássicos infantis que me iniciaram no mundo da leitura. Açúcar amargo, Xisto no Espaço, O Caso da Borboleta Artíria, e outros que povoaram a minha imaginação. Escaravelho do Diabo é sobre vingança, ódio e ressentimento. O vilão é uma espécie de Dr Jackil e Mr Hyde, visto ser a pessoa mais improvável. Nada a ver com o que o filme atual fez. Embora as razões sejam similares, ressentimentos com ruivos. Problema normal de adaptações.
A adaptação atual para o cinema fez com que me sentisse vendo A Hora do Pesadelo, aquela história de alguém que foi perseguido, que supostamente morreu e voltou, neste aspecto nada a ver com o romance infanto-juvenil. Se leu as palavras e achou exagerada a minha crítica, atente para o final do filme. Ele destoa do livro cujo fim é o relato do nascimento de um bebê ruivo, apontando para a esperança. No filme enquanto o casal adolescente se beija, uma escaravelho passa pela mesa no quato do hospital. Mas que valeu pelo sabor da lembrança.
Marcelo Medeiros.
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