Hoje é o dia em que se comemora o Dia dos Namorados. Os dicionários mais antigos definem namoro como sendo o ato de olhar, observar, e o Michaellis define como fitar algo com afeto e insistência. Tem sido cada vez mais comum a ideia de que para a preservação do casamento o namoro tem de continuar, mas o desgaste da realidade é inevitável e tudo o que se tem a fazer é empregar artifícios que desfaçam, os efeitos do desgaste.
Na verdade a saída é uma memoração constante com o outro. Sim, comemorar é memorar (lembrar) com. A memória tem de resgatar as várias formas de afeto que um provocou no mesmo. Simples, não? Não! Em dias de correria e ansiedade a memória vai sendo corroída, desgastada por impressões mais novas e nem sempre agradáveis. Daí o uso de memoriais como fotos e recados em redes sociais.
Para todos os efeitos somente quem comemora revive o modo como foi afetado pelo outro e com isto a experiência do olhar terno dos primeiros dias da relação. Como diria Tom Jobim fundamental é... é impossível ser feliz sozinho. Na verdade a felicidade nada mais é do que a superação conjunta das infelicidades diárias. Aos casados, noivos, e namorados, feliz dia dos namorados e nunca se cansem de olhar afetuosamente.
Marcelo Medeiros.
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