Uma nova paranóia tem invadido as redes sociais. A ideia de que brasileiros além de manipuláveis tendem a valorizar mais o sofrimento alheio do que o próprio. Neste caso tende-se a dar maior importância aos atentados terroristas ocorridos na França, na última sexta-feira treze do que ao que ocorreu na quinta-feira cinco de novembro do corrente mês. Não faltaram vozes para alardear tal ideia.
O problema é que como ocorre em todo processo de generalização as pessoas tendem a sempre verem o outro como manipulado, e jamais a si mesmos. Não há como hierarquizar os sofrimentos dos franceses e dos brasileiros. Ambos produto da indiferença humana e do desmazelo político, e que guardadas as devidas proporções pode-se dizer que são igualmente trágicos.
O caso de Mariana é considerado para mim um genocídio [ambiental e humano], que multa alguma pode reparar. Fruto do risco que engenheiros e a empresa resolveram assumir. O caso da França é emblemático e tem sido repetidamente denunciado na rede facebook, por vários colegas que comungam do pensamento crítico. O islã orquestra paulatinamente a derrocada da civilização ocidental e com a benção dos secularistas de plantão.
Para mim isto fica claro na medida em que vejo um repórter de uma grande emissora de TV, [que não poupa adjetivos para falar de cristãos, como sendo fundamentalistas, homofóbicos, medievais, controladores], se referirem de forma excessivamente polida em ralação ao islamismo [não que não seja esta a forma correta]. A França, um dos berços da secularização é vítima de uma estratégia bem montada.
Quem nos garante que em meio a onda de refugiados que invadiu a Europa não vieram terroristas EI infiltrados? E aqui no Brasil? O leitor poderia dizer que há serviço de inteligência, eu responderia com um tudo bem, mas ainda assim a questão permanece. Afinal como explicar umn deputado que nitidamente chama evangélicos de preconceituosos, propor um projeto de ensino de religião islâmica nas escolas públicas? É muita coincidência!
Sei do poder de manipulação do Facebook. Vi de perto quando todo mundo até gente crente pintou a foto do perfil com as cores da bandeira LGBT, mas fiquei na minha. Mas quando as pessoas pintam com as cores da França querem que se ignore o que ocorreu lá. Pior chegam a propor uma incompatibilidade, como se fosse impossível se comover ao mesmo tempo pelo que ocorreu lá em Mariana. Honestamente sou tentado a pensar que apenas por se tratar de um atentado pormovido por radicais do islã.
Serei o primeiro a me manifestar na rede social facebook, a fim de que o mesmo disponha de uma foto de Mariana para servir de fundo aos perfis dos que desejam manifestar sua solidariedade, mas me faça o favor não venha me dizer que para ser patriota, ou que para valorizar minha nação, eu não deva me importar com o que ocorreu na França. Até porque esta discussão em nada ajudará as reverter os danos ocorridos por lá.
Em Cristo, Marcelo Medeiros